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Quem foi temperar o choro e acabou salgando o pranto?

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Se eu conversasse com Deus Iria lhe perguntar: Por que é que sofremos tanto Quando viemos pra cá? Que dívida é essa Que a gente tem que morrer pra pagar? Perguntaria também Como é que ele é feito Que não dorme, que não come E assim vive satisfeito. Por que foi que ele não fez A gente do mesmo jeito? Por que existem uns felizes E outros que sofrem tanto? Nascemos do mesmo jeito, Moramos no mesmo canto. Quem foi temperar o choro E acabou salgando o pranto? Leandro Gomes de Barros

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Quase

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Por Sarah Westphal Ainda pior que a convicção do não ou a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór. Está estampada na distância dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, meio que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir, entre a alegria e a dor, sentir nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio

Devemos esperar o melhor, mas estar prontos para o pior

        Eu gostaria muito ter aprendido essa verdade em algum curso, lido em algum livro ou recebido em alguma mensagem. Porém, tive que aprender da pior forma possível: na prática. Entender e aceitar que há situações que minha fé não muda, foi desafiador. Sempre aprendi um triunfalismo que me colocava numa condição suprema de superioridade. Foi então que me deparei com um episódio o qual fui incapaz de lidar: a morte do meu pai. Aquilo foi devastador para mim e para a minha fé. Quando compreendi que há coisas que minha fé não muda e não é responsabilidade dela mudar, descansei.         Fui atormentado por um tempo, levado por um sentimento de culpa e fracasso que me condenava por não ter fé suficiente para reverter aquele cenário. No entanto, percebi bem depois que há fé para mudar situações e há fé para suportar situações. Eu só tinha sido ensinado sobre a fé que muda os eventos, nada tinha aprendido sobre a fé para tolerar circunstâncias.         Sempre passo por episódio