Dilma ignora os evangélicos!
Antes de ler
o texto abaixo, veja o link: http://www.verdadegospel.com/dilma-convoca-representantes-da-igreja-catolica-e-nos-evangelicos/?area=3
Recentemente, a presidente Dilma se
reuniu com representantes da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) da igreja católica e com vários
seguimentos da sociedade, incluindo o Movimento
Passe Livre e a OAB.
Por ter ignorado completamente a comunidade evangélica, o pastor Silas
Malafaia ficou aparentemente muito incomodado e surpreso. Não é nenhuma
novidade que o PT está declaradamente contra a igreja evangélica. O que me
espanta nesse episódio é a reação do pastor Silas. É sabido que a onda de
protestos recentes ocorridos no país não contou com a simpatia de quase nenhum
líder evangélico de expressão. A maioria se posicionou contra, mesmo sabendo
que os atos de violência foram reprovados por quase todos os manifestantes. Logo,
por que então a presidente convidaria os evangélicos para uma reunião dessa
natureza? Se o assunto em questão fosse casamento gay, aborto, liberdade de
expressão e liberdade religiosa, talvez a presidente convidasse os crentes, mas
para assuntos como combate à corrupção, uso correto dos impostos, transparência,
etc. não precisa convidar!
Normalmente, a igreja evangélica brasileira
só participa de alguma manifestação pacífica que lhe garanta benefícios diretos
explícitos. Se o objetivo do protesto beneficiar diretamente o povo brasileiro,
mas não garantir nenhuma vantagem significativa para a igreja, então a igreja não
se envolve. Se os protestos nas ruas fossem contra o casamento gay e aborto, então
a liderança evangélica aprovaria, mas como é contra a corrupção e a favor da
transparência, então os líderes crentes reprovam. Portanto, Dilma não se sente
na obrigação de ouvir o que a igreja tem a dizer.
Infelizmente, no meio cristão a
alienação é tida como algo benéfico e espiritual e as pessoas não são incentivadas
a se informarem. Entre os evangélicos há um quase completo desestimulo por uma
formação acadêmica de qualidade. Parece que o temor dos políticos de ter uma
nação inteligente capaz de questioná-los é o mesmo de muitos líderes cristãos. Imagina
só se a igreja entra na onda dos protestos e começa a exigir que seus líderes
tenham transparência (no uso do dinheiro e nas decisões), combatam a corrupção
e o nepotismo, não sejam arbitrários nem intolerantes, não manipulem a Bíblia e
nem informações sobre fatos, etc. Particularmente acredito que os líderes
evangélicos não estão preocupados com uma possível violação de princípios bíblicos
nos protestos que tomaram conta do país. Creio que o maior temor deles é que as
mesmas exigências que estão sendo feitas nos protestos sejam feitas na igreja!
Um abraço a
todos.
Marconi BS
Costa
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